Número recorde de participantes, busca pela unidade e preparação da luta contra o desmonte do Ensino Público. Esta foi a tônica do primeiro dia do 39º Congresso do ANDES-SN, que ocorre entre 4 e 8 de fevereiro na sede da Adusp SSind, em São Paulo. O ANDES/UFRGS participa com uma delegação formada pela presidente da Seção, Rúbia Vogt (CAp), e os docentes Rafael Kruter Flores (EA) e Rafael Cortes (CAp).
A cerimônia de abertura foi marcada pela presença de uma série de entidades, coletivos e movimentos cujas lutas convergem com as dos docentes. Houve intervenções de representantes de MTST, MST, Anfop, CFESS, Núcleo de Consciência Negra e Rede Não Cala, ambos da USP, UNE, ANPG, Fenet, Sintusp, Sinasefe, Fasubra, Fórum das Seis, CSP-Conlutas, Regional SP do ANDES-SN e a Adusp. Em comum, todas as falas apontaram para a necessidade da construção da unidade na luta para combater os ataques de Bolsonaro e de governos estaduais e municipais, que ameaçam a classe trabalhadora, os direitos e as liberdades sociais e sucateiam o aparelho do Estado e os serviços públicos.
O presidente do ANDES-SN, professor Antonio Gonçalves, reafirmou os desafios do Sindicato Nacional em defesa da democracia, das instituições públicas de ensino e do trabalho docente. “Esse é um dos maiores eventos do ANDES-SN. A base do nosso Sindicato promoveu três grandes greves em 2019 e essa é uma sinalização importante de que estamos no campo combativo. Quando o projeto do capital avança, o ANDES-SN avança na luta”, destacou, durante a mesa de abertura.
Ainda durante a cerimônia, o Sindicato Nacional lançou materiais alusivos à história da entidade, que também explicam sua estrutura e seu funcionamento. Além disso, foram apresentadas duas novas publicações para municiar a categoria a respeito de temas como Educação Pública e Previdência nos estados.
Construção da Greve Geral
Um dos temas debatidos no primeiro dia foi a conjuntura internacional e nacional e o papel do movimento docente frente à situação atual. As discussões evoluíram para a possibilidade de construção de uma Greve Geral em 2020, além de uma análise sobre como políticas do atual governo – em especial o Future-Se, o Escola Sem Partido e a intervenção na Autonomia Universitária – que o convertem em inimigo da Educação. Também foi feito um balanço da luta em 2019, e lembrada a deflagração do Estado de Greve.
ANDES/UFRGS no evento
De acordo com Rafael Kruter Flores, docente da Escola de Administração e um dos delegados de base escolhidos para representar a seção sindical no Congresso, a quarta-feira (5) já começou marcada pelas discussões em grupos de trabalho com deliberações. São mais de 60 textos no total, que serão discutidos por representantes de todas as seções do sindicato no país, de maneira que se possa discutir cada uma das TRs enviadas pelas bases. “Isso reforça o caráter do ANDES-SN de tomar suas decisões acerca de assuntos estratégicos pela base, da maneira mais democrática possível.” Para ele, considerando a complexidade do contexto enfrentado, a expectativa é que o Congresso seja muito profícuo, para se avançar no calendário de lutas que haverá este ano.
A delegação foi eleita em assembleia no dia 7 de janeiro. O 39º Congresso do ANDES-SN tem como tema central “Por liberdades democráticas, autonomia universitária e em defesa da educação pública e gratuita”. O evento é a instância máxima de deliberação do Sindicato Nacional.