A Diretoria do ANDES-SN divulgou, na sexta-feira (21), Nota de Conjuntura avaliando o contexto político em meio à crise de Covid-19 no Brasil, que inclui o descaso com a saúde pública e com os direitos dos cidadãos, além de novos cortes de verbas para a Educação – setor essencial no combate e na prevenção à pandemia.
“Enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a pandemia do coronavírus segue crescendo e está presente em todas as comunidades do mundo, o Brasil se aproxima dos Estados Unidos (líderes mundiais no morticínio por Covid-19) na contagem do(a)s morto(a)s: 172.934 contra 111.100, enquanto se igualam no número de morto(a)s por 1 milhão de habitantes, em 523 (dados de 20 de agosto)”, lamenta o texto, criticando a postura negacionista do Governo Bolsonaro.
Questionamento ao Ensino Remoto
Nesse contexto, o Sindicato Nacional questiona a imposição do ensino remoto que vem sendo praticada pelas administrações centrais de Universidades, Institutos Federais e Cefets, com “medidas que distorcem a característica fundamental da formação pautada no tripé ensino, pesquisa e extensão”.
“A imposição da transposição do ensino presencial para o ensino remoto foi se fortalecendo e ampliando em todas as instituições de ensino superior públicas, sem considerar o amplo debate com a comunidade acadêmica, um diagnóstico social, econômico com elementos objetivos e subjetivos e de acesso do(a)s discentes, docentes e técnico(a)s administrativo(a)s. Precisamos resistir a esse ‘novo normal’ e à imposição de um ensino deslocado de um projeto de educação pública de qualidade e inclusiva”, diz o documento, lembrando da importância de ampla campanha contra a nova previsão de cortes no orçamento da Educação em 2021 – já anunciado pelo governo federal.
Mobilização contra a Reforma Administrativa
O Sindicato Nacional destaca que, em recente seminário nacional do Fonasefe, ocorrido em agosto, foi indicada a construção de um Dia Nacional de Lutas, com greves e paralisações nas três esferas do funcionalismo (municipal, estadual e federal) e em empresas estatais, em diálogo com movimento estudantil e movimentos sociais, para a segunda quinzena de setembro, em data a ser divulgada tempestivamente. “A Reforma Administrativa que querem nos impor receberá uma resposta à altura com a organização das categorias do funcionalismo público e uma campanha de defesa dos serviços públicos”, afirma o ANDES-SN.
Conforme a nota, a difícil conjuntura que vivemos não pode significar que não há esperança, “pois tivemos pequenas, mas pontuais vitórias!”, como a campanha #AdiaEnem, a saída do ex-ministro Abraham Weintraub, a aprovação do Fundeb na Câmara e no Senado, entre outras. “Estamos com disposição para resistir e sairmos da defensiva!”, fecha a nota. Para ler a íntegra, acesse aqui.