Em reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do ANDES-SN, docentes de todo o país deliberaram pela construção de paralisação nacional da educação contra os cortes orçamentários, contra o Future-se e as intervenções do governo na indicação de reitores. O encontro foi realizado em Brasília neste final de semana (24 e 25 de agosto). A próxima reunião ocorrerá no dia 12 de setembro.
Foi encaminhado que aconteça uma rodada de Assembleias Gerais de base até o dia 10 de setembro para discussão e deliberação sobre uma greve nacional da educação de 48 horas, em setembro. Na UFRGS, será convocada assembleia para o dia 10 de setembro. As datas sugeridas para a paralisação são 17 e 18 ou 24 e 25.
O Setor indica que os dois dias sejam de ocupação das universidades, institutos federais e Cefet. Além disso, a Comissão Nacional de Mobilização convoca a organização de um dia nacional das universidades, institutos federais e Cefet na praça, em outubro.
A reunião do setor também reafirmou a construção e a participação dos/as docentes no Grito dos Excluídos, um conjunto de manifestações populares que ocorrem no Brasil desde 1995, ao longo da Semana da Pátria, que culminam com o Dia da Independência, em 7 de setembro. As ações objetivam abrir caminhos aos excluídos da sociedade, denunciar os mecanismos sociais de exclusão e propor caminhos alternativos para uma sociedade mais inclusiva.
“A reunião do setor debateu a situação dramática da educação pública brasileira, associada ao processo de desmonte dos serviços públicos e direitos dos trabalhadores. As seções sindicais presentes reafirmaram a defesa da educação em todos os níveis”, avaliou Celeste dos Santos Pereira, presidente da Adufpel, que participou do encontro em Brasília.