Multidões de brasileiros e brasileiras foram às ruas neste sábado (29) protestar contra o governo genocida de Jair Bolsonaro. A mobilização nacional, organizada por centrais sindicais, movimentos sociais, sindicatos, entidades de trabalhadores e trabalhadoras da Educação e estudantes, exigiu Vacina, Pão, Saúde e Educação.
Em Porto Alegre, organizadores estimam que cerca de 30 mil pessoas participaram do ato, que partiu do Paço Municipal e percorreu as ruas centrais da cidade até o Largo Zumbi dos Palmares. Antes, houve concentração de docentes, estudantes e técnicos na UFRGS, que partiram em caminhada até a Prefeitura. O ANDES/UFRGS se fez presente desde a concentração até o fim do ato. Pelas janelas, muitos moradores manifestaram apoio ao longo do trajeto.
Pelo menos outras 30 cidades gaúchas também sediaram protestos, como São Leopoldo, Bagé, Caxias do Sul, Pelotas, Santa Maria, Rio Grande, Osório, Tramandaí, Imbé, Santa Cruz do Sul, Bento Gonçalves, Viamão, Gravataí, Alvorada, Alegrete, Novo Hamburgo, Ijuí e Rio Grande.
Governo mata mais que o vírus
O 29M mobilizou mais de 420 mil pessoas em mais de 200 municípios no Brasil e 14 cidades no exterior, em atos marcados pelo uso de EPIs e respeito aos demais protocolos de prevenção à contaminação pela Covid-19.
“Diante da pandemia, muitas manifestações presenciais deixaram de ser organizadas no decorrer de 2020 e início de 2021. Contudo, a proximidade de atingir 500 mil mortos devido à negligência e política genocida do governo Bolsonaro torna impossível não ir às ruas”, publicou a CSP-Consultas.
Nos cartazes, frases como “Se o povo vai às ruas na pandemia, é porque o governo é mais perigoso que o vírus”, “Quando o presidente é mais letal que o vírus, ir às ruas é a única opção” e “Cemitérios cheios, barrigas vazias” estampavam a indignação da população com o descaso e a falta de políticas públicas de amparo durante a pandemia, o que tem provocado aumento da fome e do desemprego no país.
Docentes mobilizados em todo o país
Docentes também estiveram nas manifestações que lotaram a Avenida Paulista, em São Paulo (SP), o centro do Rio de Janeiro (RJ), de Belo Horizonte (MG) e a Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF). Também estiveram nas ruas de Boa Vista (RR), Macapá (AP), Porto Velho (RO), Manaus (AM), Parauapebas (AM), São Luís (MA), Belém (PA), Teresina (PI), Fortaleza (CE), Natal (RN), Mossoró (RN), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB), Recife (PE), Aracaju (SE), Maceió (AL), Salvador (BA), Ilhéus (BA), Vitória da Conquista (BA), Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Palmas (TO), Goiânia (GO), Cidade de Goiás (GO), Catalão (GO), Uberlândia (MG), Lavras (MG), Ouro Preto (MG), Juiz de Fora (MG), São João Del Rey (MG), Vitória (ES), Niterói (RJ), Curitiba (PR), Foz do Iguaçu (PR), Florianópolis (SC), Santa Maria (RS), Pelotas (RS) e Rio Grande (RS), entre outras tantas cidades do país e fora do Brasil.
Repúdio à violência policial
Em Recife, a manifestação, apesar de pacífica, foi brutalmente reprimida pela Polícia Militar, com spray de pimenta e balas de borracha. Um homem atingido no rosto, que sequer participava do protesto, perdeu o globo ocular. Leia aqui a nota do ANDES-SN em repúdio à violência policial em Pernambuco.