1º de Maio será de mobilização classista

 

O 1º de Maio será de mobilização intensa entre as centrais sindicais e entidades classistas. No virtual e presencial, diversas atividades serão promovidas de forma unificada e segmentada, com foco na defesa da vida e dos direitos de trabalhadores e trabalhadoras. Em Porto Alegre, haverá distribuição de alimentos, panfletagem e abraço à Carris, cujo projeto de privatização foi apresentado na quarta-feira (21).

Das 10 às 12 horas, será realizado drive-thru solidário no largo Glênio Peres, com arrecadação de alimentos não-perecíveis. O MST também vai dispor de um caminhão com mantimentos para distribuição em diferentes zonas da cidade, e o projeto Cozinha na Rua fornecerá 300 quentinhas à população carente.

No movimento docente, a Regional do ANDES-SN no Rio Grande do Sul lançará uma campanha midiática contra o PL 5595/2020 – que classifica como serviços essenciais a educação básica e superior – , a Reforma Administrativa, as intervenções em universidades federais e o Ensino Remoto. As peças informativas serão mantidas no ar durante os meses de maio e junho.

Mobilização nacional

O Fórum Sindical, Popular e da Juventude por Direitos e Liberdades Democráticas fará um evento on-line, das 14h às 16h, em defesa da vida, do lockdown nacional, do auxílio emergencial de R$ 600, da vacinação em massa pelo SUS e do impeachment de Bolsonaro e Mourão.

“Fortalecer a luta para derrotar o governo genocida de Bolsonaro é tarefa urgente. Não se pode simplesmente esperar por eleições em 2022 quando milhares de nossa classe estão morrendo agora”, alerta a CSP-Conlutas, que também está articulando, junto à Intersindical- Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, um 1º de Maio Classista – que contará com atividade virtual às 11h. As entidades também lançaram um manifesto, que pode ser assinado aqui.

1º de maio
O 1º de Maio é um dia mundial de luta da classe trabalhadora, historicamente construído para reafirmar a solidariedade de classe e o internacionalismo proletário. A data lembra o ano de 1886, quando, em Chicago, nos EUA, trabalhadores e trabalhadoras realizaram uma grande manifestação por melhores condições de trabalho e pela redução da jornada de 13 para oito horas diárias. A mobilização, que se estendeu por muitos dias, foi duramente reprimida, o que resultou em mortes de manifestantes e desencadeou uma greve geral naquele país.

Em 1891, a II Internacional Socialista, no seu Congresso de Bruxelas, aprovou que o 1º de Maio fosse comemorado, todo ano em todos os países, como Dia Internacional dos Trabalhadores, com caráter da afirmação da luta de classes e reivindicação de jornada diária de 8 horas. No ano seguinte, o Brasil teve seu primeiro protesto em praça pública, para marcar a data, na cidade de Porto Alegre.

Cento e trinta e cinco anos depois dos acontecimentos nos EUA, que marcaram a luta dos trabalhadores em todo o mundo, a classe trabalhadora segue em luta por melhores condições de trabalho e de vida. “Em tempos de crise sanitária, econômica e social como a que atravessamos no presente, é ainda mais urgente reafirmarmos os princípios históricos desta data, sem cedermos a possíveis conciliações com os patrões e com a burguesia”, afirma a Diretoria do ANDES-SN.

O Sindicato Nacional convoca as e os docentes a se somarem às ações de comunicação, por meio do compartilhamento e engajamento de materiais e twittaço a ser programado.

“No Brasil, a dramática conjuntura em que vivemos, com a aceleração da fome, da carestia, do desemprego em massa, dos números de mortes que não param de aumentar, vítimas da Covid-19 e do descaso do governo, exige que neste 1º de Maio intensifiquemos a denúncia das políticas genocidas de Bolsonaro-Mourão que tem investido em um projeto deliberado de morte, de desmonte do Estado brasileiro, e exclusão dos direitos sociais duramente conquistados na Constituição de 1988 pelo(a)s  Trabalhadore(a)s”, acrescenta o Sindicato Nacional.